Universidade expulsa estudantes por castração irregular de cão em república

A Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) anunciou a expulsão de quatro estudantes da instituição, investigados por maus-tratos e castração irregular de um cachorro em uma república de Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Na nota, publicada na noite de ontem, a universidade afirma ainda que se colocou à disposição das autoridades para ajudar na recuperação física do animal. “Desejamos profundamente que fatos como este não se repitam em qualquer lugar do planeta, e reforçamos aqui o nosso compromisso de lutar para que os animais recebam todo cuidado e carinho que merecem”, concluiu o comunicado.

Também ontem, o para Inscritos no CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo) publicou nota de repúdio sobre o episódio informando que os estudantes que moravam na república cursavam Medicina Veterinária e Zootecnia na Unoeste.

O conselho afirmou que havia entrado em contato com a universidade e também com a delegada de Polícia Civil de Presidente Prudente para pedir “as providências cabíveis em relação aos alunos identificados pelo crime de maus-tratos e por exercício ilegal da profissão”.

Fotos e vídeos publicados pelos universitários nas redes sociais mostraram a prática de uma castração irregular no cão resgatado na segunda-feira (14), com o CRMV destacando que o procedimento foi realizado fora de ambiente supervisionado pela universidade ou por médico-veterinário formado, colocando em risco o bem-estar e a saúde animal.

“Adicionalmente, o Conselho, apesar de não ter ingerência para apuração dos casos e penalização ética, visto que não se tratam de profissionais graduados e registrados, colocou-se a disposição da delegada de Polícia Civil de Presidente Prudente para dar todo o suporte técnico que se faça necessário com relação ao animal e a fundamentação da situação de crime de maus-tratos, reforçando tratar-se também de uma contravenção penal pelo exercício ilegal da profissão”, completou a nota.

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar a prática de maus-tratos pelos estudantes expulsos.

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